Simplificando o linguajar jurídico com Guia de Linguagem Simples

O Laboratório de Inovação do Conselho da Justiça Federal (CJF) lançou o “Guia de Linguagem Simples”, uma iniciativa que visa tornar a compreensão dos textos administrativos e judiciais mais acessível. Essa medida está em conformidade com a recomendação 144/23 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Objetivo do Guia

O principal objetivo do guia é melhorar a comunicação entre o Judiciário e a sociedade, tornando-a compreensível para todos os públicos, inclusive aqueles sem conhecimento especializado na área.

Linguagem Simples: O que Significa?

De acordo com o guia, o uso de uma linguagem simples não significa informalidade, mas sim uma comunicação clara, direta e empática, que se assemelha à linguagem oral. Isso a torna mais acessível para diferentes níveis socioculturais.

Benefícios da Linguagem Simples

Inclusão Social e Transparência

A substituição de termos formais e complexos por palavras de fácil entendimento remove barreiras de comunicação e promove a transparência nos atos administrativos e judiciais.

Confiança no Sistema Jurídico

Ao tornar a linguagem mais acessível, o CJF busca aumentar a confiança do público no sistema jurídico, facilitar o acesso à informação e melhorar a eficiência e produtividade.

Ferramentas do Guia

Análise de Documentos e Apresentação Visual

O guia oferece ferramentas para alcançar esses objetivos, desde a análise dos documentos até sua apresentação visual, passando pela organização das ideias e simplificação do texto.

Orientações Práticas

O “Guia de Linguagem Simples” fornece orientações práticas para os redatores entenderem o contexto, conhecerem o público-alvo e escolherem palavras comuns e usuais. Ele destaca a importância de evitar ambiguidades e usar expressões concisas para resumir o texto. Além disso, garante que o conteúdo seja compreensível tanto para juízes e funcionários do tribunal quanto para cidadãos comuns.

Dicionário de Expressões Terríveis

Iniciativas

O website Migalhas também está engajado no movimento para acabar com o “juridiquês” e criou o “Dicionário de Expressões Terríveis“. São sugestões enviadas por leitores para termos e expressões que precisam ser eliminados do vocabulário jurídico.

Exemplos de Simplificação

Por exemplo, o termo “análise perfunctória” pode ser substituído por “avaliação superficial”, ou de forma ainda mais coloquial, “olhada rápida”.

Participação dos Leitores

Nossa animada edição matinal premia diariamente um leitor sorteado entre aqueles que enviam expressões selecionadas para serem incluídas neste famoso léxico.

IA para Advogados

A Simplicidade na Escrita

A Intelectualidade da Linguagem Simples

A iniciativa do “Dicionário de Expressões Terríveis”, em linha com os objetivos do CNJ de simplificar a linguagem jurídica, não visa eliminar o intelectualismo. Escrever de maneira simples é uma habilidade intelectual, como exemplificado por autores renomados como Machado de Assis e Jorge Amado. O objetivo é eliminar a falsa erudição, que muitas vezes torna o texto ininteligível.

Documentação Precisa das Fontes

Para evitar o plágio, é essencial documentar cuidadosamente todas as fontes utilizadas em seu trabalho, incluindo citações diretas e informações parafraseadas. Seguindo essas diretrizes, você pode garantir que seu trabalho seja autêntico e corretamente referenciado.

Conclusão

O “Guia de Linguagem Simples” do CJF representa um grande passo para tornar a comunicação jurídica mais clara e acessível a todos. A iniciativa, junto com o “Dicionário de Expressões Terríveis” do Migalhas, promove a inclusão, transparência e confiança no sistema jurídico, beneficiando tanto os profissionais do direito quanto a sociedade em geral.

Acesso ao Guia Completo

Para acessar o guia completo, clique aqui.

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